Com as participações de Martinha do Coco, Cecília Rheingantz Silveira, Cristina Maranzana da Silva e Dessa Ferreira, o Batuca nas Ideias trata temas como gênero, raça, saúde e feminismo
Para encerrar com a mesma relevância que tem a trajetória das mulheres que formam As Batucas, o projeto apresenta o lançamento de um documentário, dirigido por Lisi Kieling, com roteiro de Juliana Balhego, contando um pouco dessa história de fortalecimento e parceria. Entre depoimentos emocionados das criadoras e idealizadoras dessa orquestra feminina e suas integrantes, o espectador poderá viver a emoção dessas mulheres em partilhar um pedaço de suas vidas. A história repleta de experiências transformadoras, os shows e ensaios, os casamentos, os funerais, as vidas que se entrelaçam e acompanham os acontecimentos de um período ímpar em nossa trajetória: os tempos atuais, complexos e inesquecíveis. O filme traz imagens de Alexandre Birck, registradas em um show no Vila Flores e também entrevistas, imagens do acervo das Batucas, de aulas e de apresentações.
Já o Batuca nas Ideias, um bem sucedido ciclo de palestras proposto pelo grupo, irá reunir também no dia 12, mulheres potentes com histórias e origens diversas em uma tarde de palestras sobre temas como gênero, raça, saúde e feminismo. Entre as convidadas estão Martinha do Coco, uma mulher incrível, merecedora de honrarias como o título de Mestra da Cultura Popular e em 2019 e com linda carreira artística; Dessa Ferreira, percussionista, integrante do grupo Três Marias e idealizadora do núcleo de vivência em percussão Ngoma e do Coletivo Pretambor; Cecília Reingantz, coordenadora e regente da Orquestra Villa-Lobos; e a psicóloga Cristina Maranzana da Silva.
O projeto d’As Batucas – Orquestra Feminina de Bateria e Percussão está em andamento desde janeiro e foi financiado pela Secretaria de Estado da Cultura do RS, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo do Governo Federal, por meio da Lei Aldir Blanc.
Sobre As Batucas
Em apenas seis anos As Batucas fizeram um barulho e tanto! E não por ser um grupo de percussão e vocal com mais de uma centena de integrantes, idealizado por uma grande baterista brasileira, mas pela relevância do seu trabalho em muitos segmentos, tanto como grupo musical, quanto pelos desdobramentos nas batalhas diárias das mulheres, que ganharam visibilidade, redes de apoio e mais mãos para se juntar a tantas causas pertinentes ao fortalecimento da mulher na sociedade. E nos últimos anos somou-se à percussão o Grupo Vocal das Batucas agregando um grande número de mulheres que descobrem a arte de cantar com afeto e inclusão. Este grupo já conta com duas turmas, coordenadas por Raquel Pianta.
As Batucas sempre foram mais que um espaço de aprendizado percussivo. Aqui a premissa é contribuir, somar, participar, transformar, aprender, crescer, empreender, brincar. Todos esses verbos são conjugados pelas integrantes desse coletivo feminino desde 2015, ano de sua criação, por um viés inclusivo e sem preconceito etário.
Os ritmos brasileiros dão a tônica da orquestra, que também se aventura em outros ritmos do mundo. Samba, baião, bossa nova, samba-reggae, maculelê, maracatu e coco são alguns dos ritmos presentes no repertório do grupo e dividem espaço democraticamente com o rock, funk, jazz, blues, hip hop, música erudita e o que mais vier. E essa imensa orquestra executa todos esses ritmos em instrumentos convencionais, como surdos, caixas, agogôs, tamborins, repiques e chocalhos, e também toca em sucatas criadas pelo coletivo, como tonéis, tampas de panela, latas das mais diversas e outras traquitanas garimpadas no mobiliário urbano.
Entre as apresentações do grupo ao longo dos anos, estão memoráveis shows no Vila Flores, já com a participação do Grupo Vocal As Batucas; as incursões ao Noite dos Museus e a Bienal do Mercosul, como grupo convidado; a participação no Carnaval de Porto Alegre e apresentações beneficentes que envolvem causas sociais nas quais esse grupo de mulheres faz questão de se engajar, como Mulheres Mirabal, Comunidade Lomba do Pinheiro, CASEF, escolas municipais e Imama entre outras.
Em função da COVID 19 as Batucas botaram a mão na massa e criaram a Rede Batucas Solidárias que vem reunindo doações e fundos para a população que está em situação de vulnerabilidade social. O projeto está beneficiando e alcançando muita gente em comunidades como a Lomba do Pinheiro, Região das Ilhas, comunidades indígenas e Centro Vida Projeto Imigrantes.
BATUCA NAS IDEIAS e DOCUMENTÁRIO sobre as BATUCAS
Dia 12 de abril, às 19h
Na plataforma YouTube: https://www.youtube.com/c/BatucasOrquestraFemininadeBateriaePercussão
Financiamento:
Secretaria de Estado da Cultura do RS, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo do Governo Federal
#LEI ALDIR BLANC – edital 09/2020 da SEDAC RS para ser realizado com recursos da Lei n. 14.017/2020
Informações para a imprensa:
Bebê Baumgarten Comunicação
Fotos: Lise Kieling e Davi Mello