Com as participações especiais de sua tia Lia Mara, Alexandra Pessoa, Emilie Lapa e Neuro Júnior, o artista celebra o povo negro
Pássaro azul é uma música forte. Um estandarte que leva aos quatro ventos os anseios do povo negro de todos os tempos. Uma celebração a Oxossi em forma de gratidão e amor. A música, uma das faixas do primeiro disco de Dona Conceição, Asé de Fala, traz uma participação especial e afetiva para o artista: sua tia Lia Mara, que divide a voz com ele nesta canção.
Dona Conceição tocando Ilú de Xangô e voz, Alexandra Pessoa e Emilie Lapa nas vozes e Neuro Júnior no violão completam o time.
“É uma música que reflete sobre a matriz, essas mulheres negras que me formaram, que estimularam meu imaginário. Só tenho gratidão e respeito a minha tia Mara, ela é muito preciosa” afirma Dona Conceição.
Esse clipe, que começou a ser produzido em 2018 no quilombo de mãe preta Morada da Paz e na casa de sua tia na Lomba do Pinheiro, traz ainda as participações da comunidade do quilombo e de seu sobrinho Kelvin. Com as imagens de Luís Ferreira e Jhony Sul, Pássaro Azul chega às redes do artista no dia 20 de janeiro de 2021.
“Com o meu roteiro e direção compartilhada com Luís Ferreira, o clipe foi produzido por Josi Arruda” completa.
Explorando diferentes características sonoras, Dona Conceição reafirma sua versatilidade estética, falando sobre afetividade, na sua grandeza e simplicidade, esse apanhado de sensações gravadas em toda pessoa, que, em sua obra, se dá pelo olhar de um homem negro. “A construção da narrativa do afeto, desejo, amor, historicamente negadas a negros e negras”, define o artista. “Quero falar sobre isso e reconstruir um imaginário que dê conta de curar essas marcas“.
Dona Conceição é um artista que resiste e denuncia o racismo e o genocídio da juventude negra através da arte. É cantor, percussionista, compositor, poeta, cineasta, ator e performer. Suas múltiplas facetas são atreladas ao fato de que jovens e negros no Brasil ainda precisam mostrar do que são capazes.
Com apenas 15 anos, idealizou e coordenou o projeto de inclusão social Nação Periférica, que ensinava percussão aos jovens da periferia de Alvorada. Na contramão das estatísticas contabiliza em seu passaporte carimbos da Europa e da América Central e, em sua casa, prêmios como o Troféu João Cândido – SEPPIR/PR (2013), 1º Prêmio da Diversidade Cultural do RS – SEDAC/RS (2014) e o Prêmio Carolina Maria de Jesus, promovido pela FLUP 2018 – Festa Literária das Periferias – RJ.
Em 2018, fez sua estreia como diretor e roteirista de cinema, ao lançar seu primeiro filme de curta metragem “A máquina de moer pretos”, no Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul – Brasil, África e Caribe.
Lançou em 2018 o disco Asé de Fala, com o qual ficou em 6º lugar na lista dos 100 melhores discos lançados naquele ano, promovida pelo site Embrulhador. Foi indicado ao prêmio Açorianos de música, o mais importante do Rio Grande do Sul, na categoria melhor espetáculo de 2018.
Em 2019 integrou o projeto tem Preto no Sul, com o edital Natura Musical, que resultou no EP Amor e Água, lançado recentemente. Também lançou os clipes de Dabudé, música composta para seu pai, e Azul, com Luciane Dom.
FICHA TÉCNICA
Direção: Dona Conceição e Luís Ferreira
Montagem e edição: Luís Ferreira
Imagens: Luís Ferreira e Jhony Sul
Músicos: Alexandra Pessoa e Emilie Lapa (vozes) e Neuro Júnior (violão)
Participações especiais: Lia Mara (voz), Lelvin e comunidade do quilombo Morada da Paz
Produção: Josi Arruda
Pássaro Azul – clipe de Dona Conceição
Assessoria de Imprensa:
Bebê Baumgarten Comunicação
Imagens:
Luís Ferreira