Ao vivo, o RDP apresenta uma das performances mais brutais e precisas do rock nacional na atualidade, com repertório que passeia pelos 13 álbuns de estúdio lançados em mais de 40 anos de estrada
Nos últimos anos, shows do Ratos de Porão em Porto Alegre costumavam ser domingo ou segunda-feira. Mas, em 2024, para a alegria do proletariado que curte som extremo, o quarteto que é referência para o punk e para o crossover (mistura entre hardcore e metal) toca na capital gaúcha neste sábado (31 de agosto), no Opinião (Rua José do Patrocínio, 834). O evento começa às 19h e tem a banda Código Penal, de Sapucaia do Sul, mostrando seu rap com hardcore na abertura.
“Nosso show, como sempre, aborda praticamente todas as fases do Ratos. Tocamos mais ou menos umas 25 música”, pontua o baterista Boka.
RATOS DE PORÃO
O Ratos de Porão é uma banda brasileira de punk/crossover formada em novembro de 1981, durante a explosão do movimento punk paulista. Seu primeiro disco, “Crucificados pelo Sistema”, saiu em 1984 e tinha músicas que se tornaram hits instantâneos, como a própria faixa-título, “Agressão Repressão” e “Morrer“. O grupo é conhecido internacionalmente, tendo feito turnês pela América Latina, Europa e América do Norte. O álbum mais recente é “Necropolítica” (2022), feito durante a pandemia pela formação mais longeva do RDP: João Gordo (voz), Jão (guitarra), Boka (bateria) e Juninho (baixo).
“A gente tem a obrigação de lançar um disco relevante. Não dá pra lançar um trampo pior que o anterior, saca? É uma puta obrigação. É uma cruz que a gente tem de carregar – cruz de cabeça pra baixo, lógico. E conseguimos isso, de fazer o álbum ser relevante na discografia da banda”, disse o vocalista João Gordo sobre o disco de estúdio até então mais recente, em entrevista para o Scream & Yell.
Em mais de quatro décadas de carreira, o RDP conseguiu manter sua essência durante diversas fases. Só na década de 1980, passaram pelo hardcore reto de influência americana da coletânea “SUB”, o d-beat nórdico-paulistano de “Crucificados Pelo Sistema” e o metalpunk sombrio de “Descanse em Paz” até chegarem na fórmula que, para muita gente, definiu mais do que todas a identidade da banda. Trata-se da trilogia crossover, “Cada Dia Mais Sujo e Agressivo” (1987), “Brasil”(1989) e “Anarkophobia” (1990).
Foi quando o Ratos de Porão viveu sua fase de atividade mais intensa e desenvolveu a receita mágica misturando precisão thrash metal, entrega hardcore e letras relatando a realidade nacional em tom por vezes satírico, outras jornalístico. Uma visão de mundo que acompanha, até hoje, a sonoridade agressiva e contemporânea que coloca a banda entre as mais importantes em atividade do rock nacional.
CÓDIGO PENAL
Em meados dos anos 1990 nasceu a banda Código Penal, em Sapucaia do Sul, região metropolitana de Porto Alegre. Inicialmente como grupo de rap tradicional, com elementos eletrônicos e DJ, o conjunto foi se instrumentalizando até atingir a formação atual em que mistura o peso do hardcore com rap, pitadas de soul e funk. Influência em Body Count, Public Enemy, Beastie Boys, Dead Kennedys entre outras bandas estilo Street dos anos 1980/1990. Formação atual: Black to Face (voz), Lucio Agace (voz), Luciano Tatu (baixo), Marcio Zuza (guitarra), Jack (guitarra) e Cesar Pereba (bateria).
SERVIÇO:
Ratos de Porão em Porto Alegre/RS
Data: 31 de agosto, a partir das 19h.
Local: Bar Opinião (Rua José do Patrocínio, 834, Cidade Baixa)
Cronograma:
19h – Abertura das portas
20h – Código Penal
21h – Ratos de Porão
Mais informações e ingressos: https://www.sympla.com.br
Realização:
Ablaze Productions
Assessoria de Imprensa:
Homero Pivotto Jr.